quinta-feira, 26 de junho de 2008

Felicidade ...



Felicidade é um susto.

Chega na calada da noite,

na fala do dia, no improviso das horas.

Chega sem chegar, insinua mais que propõe...



Felicidade é animal arisco.

Tem que ser adimirada à distância porque não aceita a jaula que preparamos para ela.

Vê-la solta e livre no campo, correndo com sua velocidade tão elegante é uma sublime forma de possuí-la.




Felicidade é chuva que cai na madrugada, quando dormimos.

O que vemos é a terra agradecida, pronta para fecundar o que nela está sepultado, aguardando a hora da ressurreição.




Felicidade é coisa que não tem nome. É silêncio que perpassa os dias tornando-os mais belos e falantes. Felicidade é carinho de mãe em situação de desespero. É olhar de amigo em horas de abandono. É fala calmante em instantes de desconsolo.



Felicidade é palavra pouca que diz muito. É frase dita na hora certa e que vale por livros inteiros.




Eu busco a frase de cada dia, o poema que me espera na esquina. Eu vivo assim... Sem doma, sem dona, sem porteiras, porque a felicidade é meu destino de honra, meu brasão e minha bandeira. Eu quero a felicidade de toda hora. Não quero o rancor, não quero o alarde dos artifícios das palavras comuns, nem tampouco o amor que deseja aprisionar meu sonho e
em suas gaiolas tão mesquinhas.



Quero sim a felicidade sem medidas. O café quente na tarde fria, a conversa tão cheia de humor, o choro vez em quando.
Felicidades pequenas... O olhar da criança que me acompanha do colo da mãe, e que depois, à distância ,sorri segura, porque sabe que eu não a levarei de seu lugar preferido.




A felicidade é coisa sem jeito, mas com ela eu me ajeito.

Não forço para que seja como quero, apenas acolho sua chegada, quando menos espero.




E então sorrio, como quem sabe,que quando ela chega, o melhor é não dispersar as forças...

E aí sou feliz por inteiro na pequena parte que me cabe.




O que hoje você tem diante dos olhos? Merece um sorriso? Não pense duas vezes...

Seja feliz e transmita a sua felicidade!
PS: Texto enviado por uma amiga e autorizado para publicação!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Junho: A festa do São João


É chegado o tão esperado mês de Junho, esperado por muitos que gostam da comida e dos festejos que ele traz. Eperando por mais de 200 cidades do interior, que aproveitam para atrair turistas e fazer festas grandiosas comemorando o nascimento do santo João.
Nos dias de hoje as festas de São João não são como as de antigamente, questão como: política, questão de interesse e dinheiro faz com que alguns aspectos essências da festa sejam perdidos. São prefeitos ou governantes aproveitando esse momento para angariar votos e dessa forma trazer a tão antiga política do pão e circo, ao qual torna-se muito presente nos dias de hoje.
Acredite, fico bestificado como as coisas mudaram. Hoje, pelo menos no interior da Bahia, existem cidades ao qual realizam festa particulares, de camisa, com bandas que nem se quer colocam em seu repertório músicas de forró, tomando dessa forma o espaço de outros artistas que só tem o seu trabalho conhecido nessa época do ano. É isso que digo ... quando um empreendedor observa a oportunidade de lucrar com algo, a questão de manter a cultura ou a história é deixada de lado, ficando para outro plano. De certa forma, ele tem toda razão, tem que buscar e trazer o que o povo quer, e se o povo pede, vamos atende-lo.
Gosto do São João, especificamente por duas coisas: gosto dó som do forró e gosto da comida típica da festa, especialmente os derivados do milho. Fora isso, o ododor da pólvora, o barulho dos fogos e a fumaça advinda deles, ás vezes só tenho muita paciência para aguentar (rsrs).
Voltando a quesão das mudanças do São João nos dias de hoje, exitem diversas justificativas, e uma delas é a questão de adapta-lo aos dias atuias. Assim, surge diversas vertentes do forró pé de serra ou o forró de raiz, como: o forró universitário, o forró eletrônico, o forró com samba entre outros. O que na verdade acho que não pode perder, é o verdadeiro som da sanfona, da zabumba e do triângulo, tendo isso ... fica tudo belz!.
Acabei não viajando nesse feriadão que veio junto com o São João. Gostaria de ter viajado, mas um determinado fator me "segurou" aqui na capital (sem problemas). De certa forma, queria aproveitar para organizar algumas coisa e acabei usando o tempo para fazer isso. Juntei o útil ao agradável: estou entrando em uma nova fase, um novo momento da minha vida e como não viajei, aproveitei para organizar e pontuar algumas coisas.
Nesse ócio bem-vindo, muitas coisas estão passando pela minha cabeça e dessa forma dei oportunidade para o passado aparecer, pois algumas coisas do presente tinham explicações nele e também muitas coisas deste presente deveriam ser comparadas com ele me fazendo analisar e ter certeza o quanto mudei.
Lembrar daquelas festa na casa da vó, com fogueira, brincando com os primos, soltando fogos, comendo milho assado na fogueira, vestindo os trajes típicos e totalmente caracterizado do tal caipira, isso veio paralelamente com uma saudade tão grande me fazendo ter certeza de que existiam momentos aos quais éramos felizes e não sabíamos. Ai eu digo: era nesse tempo que os fogos funcionavam, pq nos dias de hoje não duram mais que segundos. Nesse tempo que as famílias se juntavam ao redor da fogueira para assar milho, dançar o forró, pois hoje em dia, os filhos se mandam para o interior, querem ver o chiclete com banana ou a banda asa de águia cantar forró (imagine chiclete com banana tocando forró, rsrsrsrsrsrs).
Os tempos são outros, as pessoas são outras. É evidente que tudo tem que se ajustar aos novos momentos, atualizar-se ... mas em outros momentos chegam a perder a sua essência, oq ue não pode acontecer.
Hoje pude observar a vontade de ter alguém ao meu lado. Até eu me rendo em dizer que se tivesse alguém (namorada ou alguém que goste muito), iria passar esse feriadão com essa pessoa. É Nesse momento que pude observar e sentir a solidão, a carência, a dor de pensar que não existem pessoas que gostam de você, mesmo você gostando de alguém.
Por mais que tenha família por perto, o clima de você preparar as malas para viajar com alguém ao qual você ama é tudo de bom!!
Me permito sonhar, recordar, sentir saudade, tristeza, felicidade e ás vezes me prometer que esse será o último.
Me permito a pedir, a desejar, a chorar, a buscar mudanças para que em um futuro próximo, eu possa obter parâmetros positivos de que esses momentos foram essenciais para minha construção e para chegar a minha vitória.
Não deixei de comer o amendoim, comer canjica, comer milho, comer bolo de milho (pois não gosto do outros bolos, rsrsrsrs), mas em outras circunstâncias isso seria bem mais proveitoso. Sem dúvidas temos o que merecemos, e nesse momento eu merecia isso!
Bom São João para todos ...

Eu não gosto de você. Eu te AMO.

Não é simples chegar e lhe dizer isso, ou melhor, agora é bem mais simples do que antes.
Antes eu me escondia em mim mesmo, brigava com o meu eu para não ter a certeza do que estava sentindo por você. Não queria acreditar nisso, queria apenas esquecer e achar que tudo não passou de uma simples fase de carência, de fantasia, de um simples momento de fraqueza da minha alma.
Mas não foi. Eu estava e estou passando por uma dor tão grande que você não imagina, a dor de te amar em segredo, de chorar os constantes momentos que penso em você, que quero lhe ter ao meu lado, que quero escutar sua voz, que quero lhe ver.
Tudo que faço me imagino ao teu lado. Tudo que passo, imagino-me com você. Tudo que penso me leva a você. És as minhas alegrias, és as minhas tristezas, és os meus projetos, és os meus sonhos, és os meus desejos, és minhas metas.
Pensei que estava me precipitando, pensei que estava sendo leviano ao parar uma vez e pensar que realmente estava sentido algo diferente por ti.
E realmente ... demorei a perceber, pois o fato de não ser experiente me fez imaginar diversas coisas, me fez pensar nos diversos sentimentos que poderiam me ligar a você. A inexperiência que existia inicialmente, foi dando espaço gradual aos aprendizados dolorosos, aos aprendizados forçados e estes foram absorvidos de forma literal, a ponto de entrar em uma curva de amadurecimento assustadora e me levar a tantas certezas que você não imagina o que eu faria e faço para lhe ter.
Se for parar para imaginar, acho que nem eu imagino. Se for parar para imaginar acho que nem eu, vendo esse fato vivido por outra pessoa, acharia que não passava mais de uma futilidade, de uma coisa passageira, mas não ... quem passa sabe o que esta sentindo e o que estou sentindo por você é algo tão puro, é algo tão novo, é algo tão ingénuo e seguro, que é difícil de acreditar. Posso lhe dizer que esse sentimento é a mais pura verdade do meu EU.
Demorei a acreditar. Demorei para aceitar, mais cheguei a conclusão de que deveria me proporcioar isso, não me castrar de tudo, não me frustra de viver isso, independente de que no futuro seja lacerado com uma ferida imensa e sinta a pior dor que uma pessoa possa sentir: a dor da alma.
Continuo a sofrer, continuo a sonhar, continua a ser eu. Meus dias são outros, minha rotina não é mais a mesma, pois tenho você nos meus pensamentos.
Posso parecer bobo, posso parecer fresco e muito sentimental, mas demonstrar o que sinto por ti é o que mais quero nesse momento, independente do você possa achar ou como você possa agir depois de saber isso.
Não entenda tudo isso como forma de cobrança e também não quero que nessa situação a questão de lhe amar te leve a buscar e tentar me amar também, pois acho que isso deva surgir de forma gradual, se não gosta de mim, entendo teus motivos, se gosta pelo menos continue a gostar (rsrs), se me ama, essa é também uma oportunidade para fazer o mesmo. Só não quero lhe obrigar a dizer e fazer o que não quer, pois cada um tem e sabe o momento certo para dizer o que sente e mostrar para você hoje que o MEU GOSTAR é mais do que um simples gostar, é AMOR.
* Palavras de um amigo muito próximo. Reavaliada e autorizada pelo mesmo!

sábado, 21 de junho de 2008

A nossa vida é feita de fases ...


Ao nascer somos extremamente dependentes e inocentes.



Nos alimentamos com o que nos dão.

Aguardamos para que sejamos limpos.

Distribuímos sorrisos por simples besteiras

E choramos por outras tantas.



Somos tão pequeninos,

que ficamos de mão em mão parecendo simples objetos.

Somos agraciados com carinho,

Com presentes,

E muita atenção.



Temos uma aparência natural que é a de pura saúde.

Temos uma pele invejável.

Um brilho no olhar de simplicidade.

E carregamos em nós a mais pura verdade que qualquer ser poder ter.



O tempo passa e com ele vamos crescendo.

Depois de alguns anos já falamos.

E depois desses mesmo anos já temos as nossas próprias vontades.

Comemos o que gostamos e com algum sacrifício o que não gostamos.

Andando "de certa forma" com as nossas pernas,

Realizamos diversas atividades:

Brincamos de boneca, jogamos bola,

Pulamos o muro do vizinho (rsrs),

Brincamos de amarelinha,

Pulamos corda, subimos nas árvores e nessa aventuras

o nosso choro vem também de muitas feridas

que ganhamos com as nossas traquinagem.



Nessa fase, continuamos a andar

Sendo assessorado por nosso genitores.

Que nos guiam e nos atribui tarefas.



O tempo continua a passar e nós continuamos a crescer.

Agora já mais crescidinhos, sabemos muito bem o que certo e o que é errado.

Temos consciência que tudo que fazemos tem uma consequência.

Aos poucos estamos mais em contato com o mundo externo e saindo

Acada dia mais cedo, das "asas" de nossos pais.



Percebemos nessa fase muitas mudanças,

mudanças no corpo,

mudanças na personalidade,

mudanças na postura.

Algumas de facíl percepção e outras que demorama a surgir.



Ficamos tão surpresos com as tais,

Que as vezes nos escondemos.

E por essa vergonha, carregamos muitas consequências dessa fase no nosso futuro.

Não temos a idéias de que é nessa fase que surgem muitos determinantes de nossas vidas.



Não somos mais tão verdadeiros,

Passamos a omitir, alguns aprendem a mentir.

Começamos a olhar as pessoas com outros olhos,

Não apenas com olhar de amizade ou companheirismo,

E sim com olhar de atração.

Desejamos o outro com tesão,

Onde temos a vontade de beijar, sentir o toque, escutar a voz e amar.

O curioso, é que aprendemos a gostar de outras pessoas, fora daquele meio familiar
(ás vezes acontece o contrário), e passamos a amar estas mesmas pessoas, onde inialmente só
amamos os nosso pais.



Também somos inconsequentes,

fazemos coisas,

falamos coisas,

Ás vezes por motivos de rebeldia,

Ou então pelo simples fato de querer fazer.



O nosso corpo respira mudanças,

E ao mesmo tempo que estamos mudando,

Estamos experimentando diversas coisas,

Sejam elas legais ou ilegais (no caso da última opição, para alguns).



Temos que escolher muitas coisas nessa fase,

Temos que passar a mostrar quem somos,

O que queremos de nossas vidas,

O que temos a oferecer,

E também o que temos que aprender.



E o tempo ao continua a passar ...

Vamos nos firmando com nós mesmos.

Mostramos a nossa personalidade,

Mostramos a nossa sexualidade,

Mostramos o nosso corpo

E assim damos a nossa cara para bater.



Não temos mais papai e mamãe para fazer e responder por nós.

Agora estamos nos profissionalizando ...

Agora estamos mais donos de nós mesmo

E com isso vem muito mais responssabilidades do que imaginavamos.



O corpo com o passar do tempo adquire características de nosso hábitos,

E ás vezes interferimos nessas mudanças físicas através de procedimentos médicos.

Mas a essência que já foi criada, que já foi consolidada, não tem como alterar.

Caso queira tentar, essa mudança chega a 0,05% (quase nada, em comparação ao seu todo).



As primeiras rugas aparecem ...

O que nos mostra, que o tempo continua a agir.



Damos origem a novos seres,

Construímos nossos patrimonios.

Tudo na busca de uma estabilidade.

Nossas farras já não são mais as mesmas,

Nossas forças também não são mais as mesmas.

Pode-se dizer que a vontade ainda seja a mesma, mas não temos a mesma estrutura de antes,

O que nos faz entrar em um novo processo de mudança.



Tempo continua a agir.

E continuamos a aprender ...

Cada fase passada adquirimos mais experiências

E nos tornamos mais maduros.



Chega um determinado momento onde achamos que sabemos de tudo.

Onde o que vinher a acontecer é simplesmente mais um acontecimento.

Mas não sabemos que estamos verdadeiramente enganados.



Sem dúvida,

Estamos em um processo de declínio físico,

Que em algumas pessoas chega de forma mais acelerada e em outras de forma mas lenta.

Isso a depender dos hábitos ou então da interferência das patologias ao longo da vida.



No mais tardar do tempo, para muitos assumimos uma postura de dependência.

O que posso lhe dizer que é mais um mito que algumas pessoas comentem ao pensar dessa forma.



Atingimos esse patamar e somos os mesmo de sempre.

Sentimos tesão,

Fazemos sexo,

Temos controle das nossas finanças,

Praticamos as mesma atividades físicas de sempre,

E gostamos das mesmas coisas.



Ficar nessa fase da vida esperando o final é nos dar um atestado de incapacidade e desesperança.

Chegamos a essa fase, para aproveitar o que foi construído por nós mesmo.

Chegamos a essa fase, para mostrar aos outros que ainda estão no caminho,

que temos experiências e quando precisar estamos aqui.



Sim ... com certeza estamos bem mais próximo do final,

Mas não significa que vamos nos jogar diretamente aos braços dele.

Então ...

Viva sempre o seu dia como se fosse o último de sua vida!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Mudanças ...




Tudo muda ...



Muda eu ...

Muda você ...

O mundo muda ...



O verde não é mais verde ...

O verde agora é negro,

O verde não és mais o mesmo.



O sonhos que antes bailava com a fantasia,

E colocava a razão na espera,

Agora não traz tantas alegrias.



O desejos que antes eram quentes,

Hoje estão sendo castrados,

Frustrados, por uma sociedade extremamente intolerante.



Os sorrisos que antes eram puros,

E as gargalhadas que antes eram naturais,

Hoje são puras ...

Puramente forçadas.



A tecnologia trouxe novidades,

E tambem cortou o prazer de muitas idades.



Hoje muitos vivem para se manter,

E perder o verdadeiro sentido da vida:

O de viver com prazer.



Temos que presenciar diversas mudanças:

Dolorosas,

Radicais,

Homogênias,

Circunstâncias

Sem saber realmente o que elas nos traz.

Só mudamos pelo simples fato de mudar.



O mundo esta se perdendo?

Estamos nos rendendo a estas mudanças "forçadas"?



Hoje a cada dia sai um novo modelo de aparelho celular,

Hoje sempre se tem uma nova forma de se digitalizar,

Se parar para analisar,

Sempre buscamos a tudo isso conquistar.

E assim,

Não nos damos importância de sermos nós,

Não nos importamos mais em viver ...

Queremos apenas ser diferente,

Sem saber que o diferente ás vezes doi e traz muitas consequências ruins.



Mude ...

Tenha como exemplo a metamorfose ...

A o diferencial esta em você ...

E não em ou simples utensilho ou outra coisa do tipo.



Essa mudança é algo seu e só você pode fazer isso.

sábado, 7 de junho de 2008

Encontro de Gerações: algo natural ou trata-se de um problema?


Passei alguns momentos da minha vida me perguntando o porque de eu ser igual a muitos(poucos, acho eu) e diferente de tantos outros (também acredito que seja). Igual pois sei e tenho certeza de pessoas que tem as mesma ideias, objetivos e convicções, mas diferente, pois no meu grande convívio com as pessoas da minha faixa etária, penso de forma diferente, ações diferentes, postura diferente e isso independe de gosto ou outra coisa qualquer que venha ser fator crucial e que faça você achar relevante.
Uma coisa bastante interessante que venho observando há muito tempo, muito tempo mesmo ... é o que chamo de "Fusão das Gerações". Em certos momentos da história, ou fases da vida era muito evidente a distinção de faixas etárias, grupos de idades diferentes. Você poderia diferenciar a filha, da mãe e da avó. Nos dias essa estrutura ou melhor, essa segregação de faixa etária não é mais observada e se ainda acontece é com menor frequência.
Deixe eu tentar melhorar esse meu questionamento filosófico. Em certos momentos, fatos ou acontecimentos da história era observado um predomínio de pessoas de uma mesma faixa etária, jovens buscando uma coisa, idosos buscando outra coisa, homens em um só objetivo, mulheres juntas na mesma luta e hoje, presenciamos o contrário: homens e mulheres com interesses em comum, jovens lutando pelos idosos. Para tentar chegar melhor onde quero trago a seguinte situação: em uma festa de musica eletrônica você pode encontrar sua colega de (21 anos) e junto a ela, a mãe (37 anos) e a avó (58 anos) ...
Agora se trono comum situações desse tipo ... mas eu me pergunto: será que essa liberdade, esse acesso, essa mistura, essa "fusão" é boa para sociedade, traz problemas para as partes envolvidas? deve ser vista como problema social ... sei lá, isso é bom ou ruim?
Estava escutando uma entrevista em uma emissora de rádio e o debate era sobre educação nas escolas, chegou em um momento que estavam comentando sobre a questão do boletim de notas. Antes os pais tinham uma certa preocupação com isso, a escola entregava diretamente isso para eles e só aceitavam o mesmo se fosse assinado pelo responsável. Tinha aquela questão do acompanhar como filho esta na escola, em todos os sentidos. Não preciso levar isso para muito longe não, pois até quando eu sair do ensino médio no meu colégio (mesmo sendo de regime militar) seguia esse padrão. Eu recebia o boletim em um dia e no mesmo dia dava aos meus pais um deles assinar e devolvia o comprovante no colégio (e olhe que tinha uma semana para entregar). Hoje o mesmo é enviado para o e-mail do pai, ou então para celular, a menina que trabalha na casa assina, o pai com pouco tempo nem olha direito e assina ou ver umas notas vermelhas e nem dar importância. Antes a preocupação dos pais com rendimento dos filhos era bem maior do que nos dias de hoje. Não que os pais não se interessem mais por isso, mas pelas circunstâncias (não se é tempo) , pelas facilidades que o mundo moderno oferece ( podemos citar as diversas provas de recuperação até o jovem passar) mas que mudam certos pontos que não deveriam mudar e que são deixados de lado. Isso envolve outras coisas, mas a ideia de comentar é para sinalizar uma mudança muito brusca, pois observo por mim, tem mais ou menos 4 anos que sair da escola e isso mudou de uma hora outra, será?
Outro assunto que envolve realmente essa abordagem é quando falamos de intimidade ou então do relacionamento inter-pessoal. Cara, as pessoas fazem as coisas mais não notam, acho isso muito bom mesmo, pois se notassem eu estava frito (rsrsrs), até porque costumo viver isso no meu dia-a-dia. Vamos lá.
Eu entrei na faculdade com 17 anos e logo de cara, tinham pessoas bem mais velhas do que eu na minha sala: 35, 41, 64 anos ... e ai me perguntei: será que vai haver panelinha ...? Pais de família, pessoas formadas em outras áreas e eu e alguns outros "virgens" sem muita coisa para oferecer à aquele que já passaram por tantas coisas. Percebi que não era nada do que imagina essa questão do "oferecer algo" me mostro que tenho muita coisa a passar mesmo com a tal pouca idade. Como eu disse, a questão de eu ser "diferente" dentro da minha faixa de idade, é que não tenho costumes que geralmente um carinha da minha geração costuma ter e acaba generalizando para os demais (pago um preço tão grande pelas ações deles), o de geralmente falar bobagem, ser imaturo, bobo, só querer curtir, gastar, pensar em futilidades, sexo, balada, drogas, carro e etc ... Não que eu queira ser melhor e não que eu tbm não goste de tudo que foi citado, sim eu tenho momentos de falar bobagem, de agir com futilidade, de gostar de falar de sexo, frequentar baladas, curtir e aproveitar a vida, mas nada na extenssão da inconsequência (o que acho que afastam jovens e adulto de se tornarem cúmplices). Gosto de arriscar ... não tenho medo de fazer as coisas, mas em 50% dos outros momentos prevalece a razão e o bom senso.
Para mim é natural mesmo tudo isso, não vejo com "diferente" ... tenho amigos que tem a idade da minha mãe, que tem filhos, que gostam das mesmas coisas que eu e que não ligam para essa merda de idade. Idade não diz nada e como sempre falei o que vale é a maturidade, postura, decisões, ações que essas pessoas assumem.
Tipo, coisas que antes uma tia não falava para sobrinho (na geração dos meus pais), hoje em dia trocam confidências. Assuntos que só eram tratados por adultos, hoje o pai manda o filho fazer. Decisões que o chefe da família tinha que tomar, hoje são tomadas por seus filhos que me algumas coisas são mais objetivos.
Hoje é comum você encontrar homens mais velhos com mulheres mais novas e vice-versa. Filho de 20 anos sentado com pai de 57 anos em um mesa de bar, paquerando. Jovem de 26 anos, sustentando um família. Isso mostra a evolução de nossa sociedade? Será que isso que é uma situação tão boa e lucrativa para todos nós, é vista com bons olhos pelo restante da população?
Acho que não. Em contra-partida a esse "BUM" a qual uso outra denominação: sócio-etário, existem pessoas que não admitem a convivência entre gerações, e acham que cada um deveria ficar no seu lugar. Outras pessoas tem uma certa resistência a isso, não sei se por medo de represálias (dos que não toleram) e com isso evitam se envolver ou serem vistos juntos com outras pessoas mais velhas ou mais novas do que elas.
Quais são as consequências disso? Será que podemos achar algumas?
A infatilização do adulto ou amadurecimento precoce da população jovem, seriam consequências a qual devemos nos preocupar? Será que acontece mesmo?
Isso é um bom tema para uma pesquisa de cunho social, uma abordagem bem complexa e que traria grande resultados e respostas para diversas questões a qual estamos passando.
Não sei se as pessoas olham para mim como consequência negativa desse "processo", mas não me sinto muito lesado por me acharem um pouco maduro para minha idade. Ás vezes me pergunto se eu não desse tanta importância para algumas coisas, se hoje estaria nessa situação, ou então se eu me colocasse no meu lugar (só interagisse com pessoas da minha faixa etária), teria passado pelas coisas que passei? Acho que aprendizado advém de três fatores:
- base teórica;
- base prática;
- experiência ou vivência;
Não sei se estou no lucro ou se estou ganhando um grande prejuízo: sofrendo antecipadamente, vivendo coisas que não teria necessidade de passar. Mas pela minha ousadia, sou assim e estou muito bem e feliz com tudo isso.
Tem situações onde vejo crianças 9com pouca idade) agindo que nem adultos, tendo vida de adulto, se envolvendo em conversas de adultos e deixando de viver a vida de criança, que é de brincar, de se sujar de barro, subir em árvore, brincar de polícia e ladrão, e pique-esconde, pega-pega. Olhe que vivi isso e não sou um ancião para fazer esse comentário. Hoje jovens e crianças não sabem o que é ter uma verdadeira infância ou juventude. Em pouco tempo um estrutura muda mesmo (impressionante isso).
Se me deixar escrevendo passo horas citando, explicando e expondo diversas ideias. Mas para não ser tão complexo em um assunto que também é bastante complexo, finalizo dizendo:
"A mistura entre o jovem e o velho, o presente e o passado nos traz como solução, uma substância consistente e de uma complexidade tão grande, que pode ser usada em diversos componentes para produzir diversos efeitos. Dependendo de qual seja o componente usado (o jovem e o velho), isso trará um resultado tão bom e tão grande, comparado a aquela surpresa onde você tenta descobrir como o mágico fez aquele truque (tem uma explicação, mas não é revelada). Todos temos a lucrar com a substância produzida dessa mistura de gerações, apenas é a questão de aceitar e dar oportunidade (aqueles resistentes) para as coisas acontecerem, até porque cada um tem seu tempo e as coisas acontecem quando menos esperamos."

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Meu aniversário e a idade ...

Será que é verdade? Quando chega o dia do aniversário é tão : "dããããã". Não que eu seja insensível, não que eu não gosto de festas, mas é bom festejar quando se esta em clima de festa. E não estou baixo-astral e nem deprê, mas também não estou 100% só felicidade.
Festa de aniversário para uns serve apenas como comprovação de que o processo do envelhecimento esta aí na sua "cara" e você finge enxergar. E para outros, mais uma forma de juntar os amigos, e fazer a farra. Eu sou adepto da última opção.
Não tenho nenhuma restrição a idade, irei envelhecer ... tenho total consciência disso e irei seguindo em frente com tudo que a vida esta me ofertando seja ela juventude ou velhice.
Essa tradição de PARABÉNS ... bolinho .. povo gritando, gente lhe abraçado, já caiu por terra há muito tempo. Chega de tanta bobagem, não passa de um dia como qualquer outro.
Quando a data é no fim de semana, tudo favorece a um encontro entre amigos, barzinho, show, cinema, algo que distraia. Quando a data é dia de semana, fica aquele ar de querer algo especial só porque é seu aniversário mais o resto não muda, é realmente um dia como qualquer outro, as pessoas estudando, pessoas trabalhando, o trânsito um infernooo e tudo caminhando no seu devido lugar. Só você na com mais uma ano de vida.
Gosto de parar para analisar a minha vida no dia do meu aniversario. Fazer um avaliação de tudo, vê erros, acertos, aprendizados, sonhos, objetivos, tudo mesmo. é o verdadeiro olhar para trás e depois seguir em frente.
Hoje cheguei a conclusão de que deixei de aproveitar muita coisa por medo, receio, vergonha, e pedir em alguns desses momentos a essência do que é a vida, não sentia o verdadeiro prazer de viver, apenas vivia.
Hoje estou em um outro speed. Estou com nova visão de mundo. Nova visão de tudo. Arriscando e querendo cada vez mais arriscar. Claro, manter em alguns momentos cautela, saber fazer na hora certa, mas o espírito empreendedor (que é realmente o meu jeito de ser) foi recuperado e nunca mais vai ser guardado ou deixado no canto.
Quero mais. Não quero me contentar com restos, sobras ... que algo para mim, meu. Quero conseguir, quero chegar lá. Na verdade quer sentir prazer em fazer as coisas, gostar de tudo, brilhar os olhos e fazer enfervecer as idéias nos meu pensamentos.
Idade não diz nada. O que diz é a experiência. A maturidade. A postura. O querer. A decisão.
Hoje um ano á mais velho, sou mais eu do que era antes.
A velinha se apagou, e mais um dia se passou ... essa fatia é uma pedaço da minha vida. Só não vale pedir para comer! (hauahauahau)